Ao passado retornas eu silente
Ao passado retornas eu silente,
caminhando na solidão d'um campo santo...
Seguias apanhando-as em cada canto,
as lembranças, que colhias tristemente.
Neste lago não lhes vejo cisnes brancos,
só a dor poisastes aqui nestas serenas...
Àrvores umbrosas que os flancos,
quem o beijas o silêncio és apenas.
Neste lago, repousam, ali caídos,
envoltos pela névoa os meus tempos idos.
Repousa no espelho d'água etérea poma...
Do astro que vagueias p'lo céu noturno,
levando tuas dores taciturno,
pela noite que exalas teu aroma.