Inocência
As formas convertem-se em retrospectos da alma
A consciência se esvai como num lapso de luz
Descobrem-se as tormentas noites de chuva
Estou só! Imagino apenas o obscuro de meus desejos
O semblante pálido da noite que se foi sem brilho
Restando as batidas que parecem frias sem lógica
Ostentando o sonho de encontrar as formas de si
Nas lamentações do corpo invalido pelo sentimento
Os santos choram lágrimas perdidas por nós dois
As catedrais estendidas sobre nossos olhos
Despedem-se dos corpos estaguinados
A inocência dos atos detém apenas o ontem
O hoje agora é o futuro, obscuro pulsar do amanhã
Sentimentos escorrem dos corações abertos...
Edson Junior