ETERNA BUSCA

De tanto correr pela vida, sem rumo,

deixei escorrer entre os dedos, a sorte,

em meus desacertos busquei o meu prumo,

dos meus cambaleios eu fiz meu aporte.

Se fui marginal ao projeto, eu assumo,

não ser presa fácil nem ferro que entorte,

forjei minha espada e, na espada, presumo

que ganha-se a vida ou entrega-se à morte.

Não hei de viver, nenhum dia sequer,

seguro em cabrestos que a vida me impõe

nem preso a cambões que destinam meus passos.

Sou filho do mundo e no mundo o que der,

será de bom grado e assim pressupõe

que livre hei de ser para acerto e fracassos.

Edy Soares
Enviado por Edy Soares em 08/06/2019
Reeditado em 08/06/2019
Código do texto: T6668310
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