Mate-me...

Cala-me a boca seca de beijos

Molha-me nos abraços, seio

Morda-me o pescoço sangue

Deixe-me na calçada pálida.

Doa-me amor, o próprio teu

Culpa-me por amar, gozar-te

Vira-me no lado vazio da cama

Acorda-me madrugada fria nua.

Despeça-se com um adeus velado

Encontra-se noite enluarada, vadia

Perdoe-se desejo febril de mulher

Vivamos, lembranças do beijo, último

Apague os pés na areia da ampulheta

Mate-me em teu peito gélido amor...

Edson Junior

28/06/2019