VERSÃO INOCENTE

A estória eu ouvi mamãe contar.

A mulher foi gerada da costela

Do homem que um dia à capela

Leva a noiva de branco pro altar.

Depois, tudo o que fazem é brincar,

Dia e noite, e haja apalpadela

Em quem rindo oferece a titela

Para o outro a costilha encontrar.

Mas sob pele e carne, o osso cadê?

E, assim, para que possa o homem ver,

A mulher abre a boca e tudo o mais.

Não sei se vê, também, não sei se pega

Com a varinha mágica que prega

O corpo ao dela, como papai faz.