O PRAZER DE AMAR

A rua estava escura em cada solidão nua;

E eu de longe percebia tua nudez barata;

Pelo quanto tu amavas seres o fogo abrasador;

Quando o uivo da melodia ecoava pelo sombrio...

Ah! Quão são os bordados em linho;

Que ao entrelaçar-se em ninho;

Fica difícil tocar a mesma melodia!

Só existe apenas um dia, agora!

Quero que adentres pela alvorada em frestas;

Mesmo que a janela d'alma esteja aberta;

Para sentires os espinhos da minha flor desaborcando.

Vens pela escuridão do breu d'alma;

Que salientemente perfumar-te-ei em conchas;

Para depositares o deleite de ser-me somente meu.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 18/11/2019
Código do texto: T6797403
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