SONETO CANSADO

Eu também me canso

Do povo indolente

Que segue dormente

Sem travas ou ranço

Olho e não alcanço

O que passa à mente

Dessa minha gente

Que vive ao balanço

Feito aquilo nágua

Sem revolta ou magoa

Da politicalha

Nação desvalida

Que equilibra a vida

Ao fio da navalha...

(“Eu tou cansado”, mas talvez menos, que o Cigano Ribamar.)

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Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 19/12/2019
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