Ferrovia

Com andar mole sobre duros trilhos,

Passo a passo por esta ferrovia,

No horizonte pensei ver e não via

Os trilhos juntos entre tons e brilhos. 

Fechando os olhos, cílios conta cílios,

Pra melhor entender o que ocorria,

Sobre dormentes mortos desta via,

Pondo as mãos em concha como auxílios. 

Quão mais andava os trilhos se afastavam,    

Igual a nossos sonhos, não cruzavam,              

Numa tão  esquisita simetria

Somos dois  seguindo lado a lado,

Por dormentes insanos separados,

Como ambos carris desta ferrovia.

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Vixi! Fiquei todo dengoso com essa participação da Poetisa Raquel Ordone. Obrigado querida!

Só Ferro eu via...Um trilho e outro trilho.

Eu caminhando de cá.

Você caminhando de lá.

Perdeu todo nosso brilho.

Fez canção sem estribilho.

Vem que seguro sua mão.

E te dou meu o coração.

Vem comigo do mesmo lado.

Sem saber se é o errado.

Mesmo curso e direção.

Ei menino, poeta!! Gosto da força com que escreve! Palmas e xêro!

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 21/02/2020
Reeditado em 24/02/2020
Código do texto: T6871355
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