Pranto

Ao recordar-me de teus beijos desvairados

Sinto um desejo de chorar feito criança

Não ter o laço de teu amor bem amarrado

Faz-me morrer e sepultar toda esperança

Ah, quem dera poder voltar àquele tempo

Os nossos corpos corriam juntos

entrelaçados

Voavam nas noites abraçados com o vento

Adormeciam em outros planetas estrelados

Hoje olho a lua desbotada lá no céu

estrelas pálidas encobertas por um véu

são negras nuvens que escondem a felicidade

fazem chover dos meus olhos já embaciados

um pranto lúgubre, exangue, desidratado

são trombos secos expelidos de saudade.

Benvinda Palma

Bemtevi
Enviado por Bemtevi em 02/03/2020
Código do texto: T6878332
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