Pranto
Ao recordar-me de teus beijos desvairados
Sinto um desejo de chorar feito criança
Não ter o laço de teu amor bem amarrado
Faz-me morrer e sepultar toda esperança
Ah, quem dera poder voltar àquele tempo
Os nossos corpos corriam juntos
entrelaçados
Voavam nas noites abraçados com o vento
Adormeciam em outros planetas estrelados
Hoje olho a lua desbotada lá no céu
estrelas pálidas encobertas por um véu
são negras nuvens que escondem a felicidade
fazem chover dos meus olhos já embaciados
um pranto lúgubre, exangue, desidratado
são trombos secos expelidos de saudade.
Benvinda Palma