Por enquanto

Em breve serei pó...Em breve, não agora
Pó de estrelas a verve que  me dá asas
Embriaguez da alma, da noite  à aurora
E deixa- me os olhos assim em brasas

Em breve, muito em breve ó vida minha
 Levada ao vento qual pena tu  serás
Mas hoje gorjeia feliz , se aninha
Posto que a morte teu canto ceifará

Percorre a imensidão do céu, do mar
Contempla todas as flores do teu jardim
Não te prendas a nenhum fruto desse pomar.

Empresta a leveza de um querubim
Em leitos escusos não vás pousar
labora e celébra antes do teu fim