Falaria de flores....
Falaria de flores, não fossem seus espinhos,
De poesias, não fosse o travo na garganta
Que deixei para seguir seus caminhos
Quando a alegria ainda era tanta.
Mais que perfumes, adagas afiadas
Das suas entranhas eclodem silenciosas,
Tal qual o veludo da pele amansa chicotadas
Dos gestos servidos com palavras maliciosas.
De poesias serviria sua manhã à mesa;
Em alvas toalhas ricamente bordadas,
Porções de alegria dispostas com delicadeza.
Eis que feridos os madrigais feneceram,
Na alma engastada de profunda tristeza.
Falaria de flores, mas elas me embruteceram...