Falaria de flores....

Falaria de flores, não fossem seus espinhos,

De poesias, não fosse o travo na garganta

Que deixei para seguir seus caminhos

Quando a alegria ainda era tanta.

Mais que perfumes, adagas afiadas

Das suas entranhas eclodem silenciosas,

Tal qual o veludo da pele amansa chicotadas

Dos gestos servidos com palavras maliciosas.

De poesias serviria sua manhã à mesa;

Em alvas toalhas ricamente bordadas,

Porções de alegria dispostas com delicadeza.

Eis que feridos os madrigais feneceram,

Na alma engastada de profunda tristeza.

Falaria de flores, mas elas me embruteceram...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 11/10/2007
Código do texto: T689323
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