QUE ÓDIO!

Odeio esse meu jeito de querer-te;

Entregue cem por cento sem reservas,

Desde o dia em que nós trocamos flerte

E o amor veio brotando tal qual ervas.

Sei que o que dói em mim não vai doer-te,

Frieza é o sentimento que conservas...

E que me mói por dentro, quero ter-te,

Intensa como eu sou, mas tu me enervas...

Desdenhas dos meus mimos e carinhos,

Dos versos que te escrevo ora encantado,

Dos meus ensaios com taças e vinhos.

Do romantismo que me põe prostrado

Com uma rubra rosa sem espinhos,

Odeio, mas estou apaixonado!