Lamentos D'alma

Quando o silêncio pela rua assoma,

Essências raras que trazem nostalgia;

Exalas, madrugada, doce, o aroma,

Pelos vales canta atroz melancolia.

Teu riso ledo quando brilhastes,

Nos trilhos frios do coração enfermo...

Fostes como o astro que iluminastes,

Ínvios os caminhos d'um bosque ermo.

Revelastes enquanto ias em meu fado,

N'augusta luz do ocaso que partia,

Sagrada à imagem do meu passado.

E assim, nesta profunda quietude,

- Num delíquio de sombras quem diria -

Lamentas minh'alma na solitude.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 25/05/2020
Reeditado em 26/05/2020
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