Lamentos D'alma
Quando o silêncio pela rua assoma,
Essências raras que trazem nostalgia;
Exalas, madrugada, doce, o aroma,
Pelos vales canta atroz melancolia.
Teu riso ledo quando brilhastes,
Nos trilhos frios do coração enfermo...
Fostes como o astro que iluminastes,
Ínvios os caminhos d'um bosque ermo.
Revelastes enquanto ias em meu fado,
N'augusta luz do ocaso que partia,
Sagrada à imagem do meu passado.
E assim, nesta profunda quietude,
- Num delíquio de sombras quem diria -
Lamentas minh'alma na solitude.