ROSA DA VIDA

Despetala-se a rosa da existência,

À medida que os anos vão passando;

Aos poucos, vão pedendo a consistência,

Ao solo caem, e o vento as vai levando.

Quantas vezes é augusta a inclemência

Do tempo, que a destrói ainda quando

Ela deslumbra cheia de imponência

Ao jardim e a roseira perfumando.

Pétala desprendida - mais um passo

Para o esplendor sublime que no espaço,

Na harmonia divina se resume!

Um dia tomba, enfim, a derradeira,

E o pedúnculo murcha na roseira,

Mas não se extingue nunca o seu perfume!

Jaubert
Enviado por Jaubert em 17/10/2007
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