Da igreja calaram-se as badaladas

Da igreja calaram-se as badaladas,

Em sonhos foi-se lenta a mocidade...

E agora, olhando essas ruas caladas,

Vibras a lira triste da saudade.

Quando um dia deixar essa paisagem

Pra seguires o meu destino apenas...

Que sejas sem plangor minha viagem

Ao som das melodias tão serenas.

Segue-me como a lua p'lo átrio etéreo,

Envolta nas brumas, silente e fria,

A velar-me com teu olhar funéreo.

Oh! A branca lua, mística e silenciosa,

Que vagas pela noute erma e sombria

Com teu olhar de dama tristurosa.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 18/06/2020
Código do texto: T6981331
Classificação de conteúdo: seguro