Calma tua voz ouvias contemplando

Calma tua voz ouvias contemplando,

Doirada luz que entra pelos vitrais.

E pouco a pouco foi se revelando,

Toda a beleza das horas matinais.

Minh'alma solitária quando ando,

Se perdendo nas brumas noturnais...

As dores deste peito miserando

Escuta quando bradas os teus ais.

Alma que contigo trazes calada,

O silêncio dos dias que feneceram

Ao dobre d'esplêndida balada.

Entre sombras como a lua que olhaste,

Assim, na solitude, floresceram,

Belos os sonhos que tu sonhaste.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 05/07/2020
Reeditado em 08/07/2020
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