Você, meu orgulho


Não sabes o que guardo no peito.
Se é um grande amor que aqui se encerra,
Ou a mágoa de ter posto o orgulho por terra,
Ou ainda um coração de dores afeito.


Nem mesmo sabes se algo, aqui dentro trago.
Talvez, penses num coração de pedra feito,
Ou ainda, num fictício orgulho desfeito;
E que nem mesmo para um moribundo tenho um afago.


Não sabes também que meu sofrimento é etéreo.
Minhas saudades, nelas sozinho eu mergulho.
Não digo a ninguém, não falo, faço mistério.


Não sabes que na quietude soluço sem barulho.
Não proclamo, é por ti, pelo que és,
Toda infinita razão, deste amor que é meu orgulho.