Recordo


A medida que o tempo passa, que avança,
Punge em meu peito a saudade que proclamo;
Que vale gota por gota, das lágrimas que derramo,
Entregue ao recordo, que em mim então se lança.


Saudade, quanta saudade de minha juventude;
Do meu primeiro amor e do beijo a lembrança,
Dos versos que fiz pra uma menina quase criança.
Quanta dor e quimeras, quanta gente e se ilude.


Hoje, quanta saudade trago comigo,
Do meu tempo de menino que já se fez antigo.
Quanta saudade vem de longe, depressa e não se cansa.


E eu peço a deus, faço prece em rogo,
Que não apague esta chama, este fogo;
Que envolve toda a grandeza de minha lembrança.