N'augusta solidão que as nuvens corta
N'augusta solidão que as nuvens corta,
Vendo a tarde lentamente a morrer;
Sentindo nesta tarde quase morta,
Aromais de flores ao anoitecer.
É que ficara só, lhe contemplando,
A lembrares outros tempos, outrora...
Entre os goivos da noite caminhando
Velavas-me pálida senhora.
Velavas-me, teu olhar, no poente enfermo,
Esperando serena despontares
Estrela que cintilas num céu ermo.
Dores pra vós que ainda não partistes,
Dores do coração lento a pulsares
Aqui deixo nesses versos tristes.