Dolências de minh'alma solitária

Não mais vibras o sino que vibravas,

D'alma calaram-se as composições...

Sepultadas, ficaram, sepultadas,

Neste peito essas velhas ilusões.

Como lírios floresceram caladas,

Assim também como árias e orações...

Nas frias e monótonas madrugadas

Floresceram de aflitos corações.

Voz do passado que pra trás ficaste,

Nesta pequena e quase centenária

Sob o lume etéreo tu já cantaste...

Etéreo lume que encanta e me inspira,

Dolências de minh'alma solitária

Entoares toda vez em minha lira.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 12/07/2020
Reeditado em 14/07/2020
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