Íntimos Sofreres
Quando a olhar-vos fico, lentas partindo
No ocaso desses tons crepusculares...
Surgindo em meio as sombras vai surgindo,
O brilho dos etéreos luminares.
Derradeiros cantos encantaram,
No caminho que a lua prateaste...
Olhos estes que por ti brilharam,
Alma esta que por ti aqui cantaste.
E assim, eu sigo, na erma soledade,
Onde cantam, as almas, misereres
Desfolhando a flor roxa da saudade.
Minha querida, se por ti, cantei,
Saiba que os meus íntimos sofreres
Neste peito de poeta eu os guardei.