SAUDADE PARECE IRMÃ DA MALDADE

Parece infindável a saudade,

Ao vir, parece sem fim sua ação,

Parece ser irmã da maldade,

Corta n'alma e sufoca o coração.

Em silêncio vem e o peito invade,

Vem gélida e nele faz sua moradia,

Em seguida faz seu atroz alarde

Em ebulição frenética, noite e dia.

Em dor abrasadora se transforma,

Traz seu canto, toma sua forma,

Com notas de lúgubre melodia.

Quem dera se houvesse um jeito,

Saudade errasse a rota do peito,

Nele não fizesse mais estadia.

JSFreire
Enviado por JSFreire em 17/11/2020
Reeditado em 01/10/2023
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