MANHÃ NO PARQUE
Sob o sol leve e claro do verão
Mal chegado, partindo a primavera,
Vi-me numa espécie de quimera
Em que as flores pelos céus se vão...
Eram flores em plena floração,
Outras já com os frutos à espera
E algumas em que não se detivera
A mão de Deus, durante a criação.
Irrequietas numa correria
Livres, felizes, cheias de alegria
Do ceu do parque enchiam todo o espaço.
Foi quando, abandonando o horto do céu,
Humanizada, à terra uma desceu
E em forma de mulher deu-me um abraço.