Banco de Praça

 

No banco de uma praça, homem repouso.

Outrora seu assento era no palco,

Mas do álcool o vício seu recalco

Impediu o seu voo, resta o pouso.

 

Mas a arte nunca dorme dizer ouso,

Aos dedos violão sente desfalco,

Abandonar o chão, seu catafalco,

E sair deste estado de repouso.

 

A música também é viciante,

Nunca deixa dos dedos o talento,

É triste ano, porém é mês advento.

 

É Santo amor de Espírito cantante,

Ao lado sentar para que se pasce,

No banco de uma praça, homem renasce.