Paradoxo existencial

Estou preso num quarto

Que ainda não construí...

Numa dimensão impalpável

Longe e tão perto daqui...

Estou preso em mim mesmo

Nas minhas ilusões terrenas

Navegando em ondas turvas

Embora às vezes tão serenas

Sou o que sou e sequer posso negar

Que seja assim por amor, desamor

Ou desconhecimento do verbo amar

Quem dera ser diferente ou indiferente

Ao jeito próprio de ser e se conhecer,

E não viver, tão somente, de sonhar!

Lourenço Oliveira
Enviado por Lourenço Oliveira em 22/03/2021
Reeditado em 22/03/2021
Código do texto: T7213605
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