Bardo

Tudo que o poeta faz
é disfarçado no prazer,
carregado de sentimento,
pertencente ao coração alheio.

O poeta se sente melancólico
quando compõe em gestos,
uma canção que mostra
a perfeição esmagadora do valeu a pena.

Bardo, grita aos quatro cantos
a loucura maldita que corrói
as palavras em sentidos opostos.

Rasga o peito no mesmo credo,
sem servidão, submisso aos dias
que nasce refletido no espelho da sua solidão.