Contemplação

Sonho de um momento inexistente,
solucionado na dança das cifras,
voltado para o horizonte,
refletido na paciência de viver.

Devaneio de querubins e serafins,
encantado na fantasia utópica,
da ambição idealizada na construção
poética do nascer de mais um sol.

Quimera na invenção de dias que não
voltam mais neste mundo terreno,
visão da graça estampada no ideal assumido.

Ficção destemida no medo que transcende
o futuro sem a atenção da dor passada,
nas estrelas contempladas nas noites de Brasília.