QUERO DEIXAR DE SER HUMANO

Quero deixar de ser terno, só anónimo,

Sem querer jogar a vida, como dados,

Que seguro na mão, entre meus dedos,

Numa espécie de amor, sem sinônimo.

Desejo viver no abalo do sol, homónimo,

Não perecer de uma paixão, segredos,

E ao perecer de uma fraqueza, os medos,

Viver como um pássaro, ser, mitônimo.

E ao naufragar no infinito, meu barco,

Na viagem, que obedece aos desvios...

Caçando sonhos difíceis, depois do arco.

Quero deixar de ser humano, porventura,

Não acredito mais, nesses seres, os brios,

O meu eu e eu, estão em excesso de loucura.

Léo Pajeú

Léo Pajeú Bargom Leonires e Léo Pajeú
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 05/05/2021
Código do texto: T7248973
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