A MISCIGENAÇÃO DO POVO BRASILEIRO - SAMBA (SONETO)

A MISCIGENAÇÃO DO POVO BRASILEIRO (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Por aqui já existiam os índios tupiniquim, as tribos,

Ocas e costumes oriundos deste solo a formação,

Caçando, pescando, plantando e criando a estimação,

Aldeias com territórios cercados a troncos estribos.

Cocares, tangas e penachos, rituais indígenas atribuídos,

Nascentes dos rios eram seus mananciais de hidratação,

Xavantes, guaranis, kaiowá, tupinambás, morro elevação,

Tapioca, farinha de mesa, mantas vestimentas a vestidos.

Artesanatos, artefatos como arco e flechas proteção,

Tupã, cacique, morubixaba, pagé, tribo a locomoção,

Matas virgens ou exploradas das florestas cheias de vida.

Galos e galinhas, Patos e patas, porcos e porcas procriação,

Arapucas, armadilhas ou laços de caça a selvagem ação,

Convivência indianista de danças espirituais convividas.

Brancos portugueses Lusitanos parte da Península Ibérica,

Europeus invasores e colonizadores a real dominação,

Além-mar transatlântico aventureiros da justa navegação,

Pedro Álvares Cabral foi um a despontar na América.

Navegador português viajante desta rota esférica,

Frota de barcos a vela procurando descobrir exploração,

Ouro, prata, bronze e metais preciosos para exportação,

Especiarias como tabaco, cana de açúcar ou cafeína...

Com argila faziam vasilhames, vasos, panelas ou tinas...

Ruas surgiram das enseadas como também esquinas,

Bustos, esculturas foram bagagens levadas às mãos.

Ilha de Vera cruz, ou Santa Cruz ou Cabrália a sina,

Vindo do Latin formaram parte da América Latina...

Fado, vira ou congadas vieram às muitas orientações.

Portugueses traficaram os africanos das nacionalidades e regiões,

Negros do continente saariano ou subsaariano a somar,

Escravos para o trabalho servil somente para produção,

Cavando, arando, semeando ou plantando para germinar.

Carregando, transportando seus senhores de lugar a lugar,

Linhagens, concepções, formações, ligações e apropriação,

Senhores dos engenhos eram donos desta ordenação,

Alforriados, libertos, forros, preto-mina ou malês a trabalhar.

Bantos ou yorubás, muçulmanos, cristãos a enxertar,

Navios traficantes pelos portos escravistas a chegar,

Escurecendo a formação brasileira da raça a especificar.

Puxando carroças ou carregando pesos a transportar,

Pelas moendas ou fornalhas, maxicador para um pilão,

Trabalho escravo africano vindo para enfim completar.

Miscigenação brasileira na estirpe racial a hibridação.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 03/09/2021
Reeditado em 07/01/2022
Código do texto: T7334182
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