A UM MINGAU (SONETO)

A UM MINGAU (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Amido de milho ou a umas colheres de maisena,

Porção de leite de vaca adequando a cada teorema,

Separando do ovo a alva clara da amarelada gema,

Despejado em um prato quente com canela a trema...

Colheradas superando a fome em um real esquema...

Sobre uma toalha estendida a mesa pelo dilema,

Cravo da Índia alterando o sabor quando for cremogema,

Açúcar à gosto acordando ou antes de dormir no lema...

Milharina ou curau mexendo ao fogo brando a moenda...

Fazendo crescer forte os músculos a verdadeira lenda,

Grande a feição de um avestruz ou a força de uma ema.

Sujando a boca pela baba caindo como deliciosa prenda,

Sujando as roupas ou as batas manchando as fendas,

Mingau como doce servido quente a que alguém a entenda.

Este aperitivo ou paliativo tomado ao sabor que acena...

Completando a alimentação resolvendo melhor o problema.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 13/10/2021
Código do texto: T7362425
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