OS BLOCOS DE SUJO - SAMBA (SONETO)

OS BLOCOS DE SUJO (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Sob qualquer fantasia improvisada saía os blocos de sujo,

Máscaras de papel ou pano rasgado no rosto escondido,

Calça comprida velha, remendada, rasgada ou puída,

Tênis ou sapato velho diferenciando de um outro cujo.

Cantando, falando ou perguntando pra onde fujo...

Quando encontrando os mascarados ou conhecidos a investida,

Pedindo dinheiro ou uma dose a um som sustenido,

Encontrando o que estiver cantando a uma casa de caramujo.

Penetrando onde não for convidado o intruso...

Qualquer fantasia descartável vale pelo alegre uso,

Estabelecimentos, calçadas ou ruas, ao que for seguido.

Batendo numa barrica, lata ou bacia a ser discernido,

Violão sem cordas do lixo batidos a fazer sentido,

Blocos de sujo, divertindo no Carnaval a quem faz parte recluso.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 23/10/2021
Reeditado em 29/11/2021
Código do texto: T7369520
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