Soneto da Resistência

Em que estranha escura esquina do meu ego,

Fui parar depois de um tempo tão brilhante?

Só há a memória vaga do que agora vai distante,

E o orgulho de gritar "eu não me entrego!"

Tomado de indignação por tudo o que é injusto,

Atesto aos jovens, ainda sem ser velho,

Na órbita da sanidade, sou um astro no afélio,

Mas retornarei... já vem janeiro, o tempo é custo.

Ninguém é só vitória, a vida é mutação constante,

O que dói é ver só falta de consciência,

A juventude desatrelada de sua essência.

Mas está a chegar o tempo de novo levante,

E os inconformados derrubarão a excrescência,

Onde houver a tirania, seremos resistência!

Weber Palmieri
Enviado por Weber Palmieri em 17/01/2022
Código do texto: T7431451
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