Inverno

Branca estação que as faces empalidece

em finura de branda lágrima que escorre

dos céus cinzentos cai a ave que morre

ao ver Perséfone que ao Hades desce

Gélida semente que no frio não cresce

árvores desbotadas e animais dormem

no refúgio sem gelo a planta disforme

recorda a doce primavera que fenece

Nem o amor sobreviveu à luz pálida

seu calor expira ao nevoeiro externo

hibernando em glacial certeza cálida

ventos atravessam o álgido inferno

cortando o ar de tristeza esquálida

no ardil sofrido do rigoroso inverno

Flora Fernweh
Enviado por Flora Fernweh em 27/06/2022
Reeditado em 27/06/2022
Código do texto: T7547064
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