Doces saudades

 

Doces saudades que distraem o meu olhar

Prolongam meus sonhos nas horas fagueiras

Sorrateiras e turvas elas chegam e vagueiam

Nos matizes, lembranças eu sigo a contemplar.

 

Melancólicas as alvoradas, através da vidraça

Panoramas imersos nas sutis gotas orvalhadas

Que escorrem harmônicas e dissipam caladas

Solene e amarelo sol, pelas nuvens ultrapassa...

 

Os raios avermelhados são requintes fabulosos

Encantos cândidos que cicatrizam nossas dores

Acariciantes clarões que giram e são grandiosos.

 

Oportunos movimentos na brisa fresca e colorida

Momentâneas saudades nas cores e seus sabores

Vibrando no emaranhado santuário da breve vida.

 

 

 

 

Texto e imagem: Miriam Carmignan