Versos e beijos

Em minha boca tenho um beijo e um verso

nascidos de um anseio sem medida;

beijo de agora, nunca em despedida,

verso de outrora, ainda incontroverso.

E rompem, verso e beijo, toda a brida,

congraçam-se em esforço bem diverso:

enquanto nesse vive o meu reverso,

naquele morre a angústia mais dorida.

Beijos e versos, vozes dos amantes,

ardor e amor na fúria de um ensejo,

fazendo corpos e almas consonantes.

Um verso, um beijo e todo o meu desejo:

amar-te no infinito dos instantes,

dar-te, na boca, o meu poema andejo!

Do amigo Jacó Filho:

Esse amor retratado,

Desta forma tão bonita,

É a emoção descrita,

Em seu mais lindo estado...

Do amigo Solano Brum:

"INDECISÃO"

Ontem a noite, senti teu ósculo casual

No rosto, ao deixar-te, perto do portão!

Muito rápido e tímido; quase informal

Como quem o faz movido por gratidão!

Estar ao teu lado é uma ação normal

E benfazeja que me aquece o coração!

Sei que vives entre a cruz e um punhal,

Premida, contra a própria indecisão!

Por isso eu te peço: Não me beijes mais!

Não, até que tu resolvas os teus "ais"

E aprendas a gostar de quem te quer!

Beijas o rosto e tão perto está a boca

E meu receio é que, em atitude louca,

Eu prove o doce dos teus lábios de mulher!

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 15/08/2022
Reeditado em 16/08/2022
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