Tua derrota será escrita com minha letra

Sangro! Bebes o líquido de minha morte

Banqueteia-se e suprime mesmo a migalha

De teus farrapos costuro a minha mortalha

Aplaca a sede com o suor de minha sorte

Insaciável, reivindica também que eu o exorte

Embora seja eu que afie o fio de tua navalha

Embora seja eu que morra por tua batalha

Mas sou eu teu carrasco, sou a Foice em teu corte

Esqueces que do alicerce sou a própria rocha

Que sustenta gula e luxúria em teu castelo

Em teus porões irradio com a minha tocha

Cortarei o cordão umbilical desse nosso elo

marcharei rumo a vitória que desabrocha

Quando a tua mão não suportar mais o martelo