LÁPIDE DE UM SONHO

*Fanny*

Padecem sonhos na penumbra do sentir

passos lentos num caminho sem gosto...

hora já anunciada... rimas a sucumbir

numa atonia agonizante de Agosto.

A escuridão esconde o pranto da angústia,

coração ferido submerso em traição...

poemas olvidados em laudas de poesia...

Mutismo gritante a solfejar solidão.

Emudeço a voz dolente da saudade,

abandonando a vereda das estrelas,

amarrotando sorrisos de jovialidade.

Trilho agora dédalos de infortúnio...

A Poesia desfalece, lápide de um sonho,

jazendo a lassidão num eterno silêncio.