SAL DA ALMA
*Fanny*
Provo o sal da alma que chora
quando o horizonte varre estrelas
e me abraça frio, nesta amarga hora
em que me aconchego sem vê-las.
Pudesse eu abandonar o pensamento,
olvidar afagos de lua, beijos ternos
que eu colhia em cada suspiro do vento,
versos de amor apartando Invernos.
Cicios calam-se na penumbra do sentir...
Esmorecem tristes na solidão do dia...
Mergulham na correnteza da agonia.
Jaz a memória magoada sem alento,
dor intrínseca... tatuada na alma...
Sonho desbotado que nada acalma!