Contra força

No céu, a dança tênue do lutar,

Bailando só, em meio à tempestade,

A asa frágil corta a imensidade,

Vencendo o ar, no sonho de alcançar.

Contra o rigor do vento a se firmar,

Tremula, exausta, em busca da verdade,

Seu voo é dor, mas há na liberdade

Um brilho que nem o céu pode apagar.

Eis que o destino a empurra ao abismo,

Mas ela sobe, rompe o ceticismo,

Faz da agonia a força do renascer.

Borboleta, na luta, és poema alado,

Mesmo sofrendo, segue o teu legado,

Pois voas para além do próprio sofrer.

Jhonnathan Pereira
Enviado por Jhonnathan Pereira em 19/12/2024
Código do texto: T8222752
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