Sacrifício

Ao toque leve do orvalho ao amanhecer,

A flor se abre em gesto de ternura,

Revela ao mundo a sua essência pura,

Num breve instante, pronta a florescer.

Mas eis que surge a mão da desventura,

De alguém que chora o peso do viver,

E vê na flor a cura ou o esquecer,

Num ato entre o desejo e a amargura.

A flor, que é vida, entrega-se ao destino,

Não há rancor em seu gesto divino,

Pois nasce para dar, e nunca cobrar.

Ainda que ceifada em tristeza e dor,

Ela perfuma o peito do sofredor,

E na tristeza, aprende a se doar.

Jhonnathan Pereira
Enviado por Jhonnathan Pereira em 19/12/2024
Código do texto: T8222753
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