Soneto ao Meu Verdadeiro Amor

Depois de eu padecer do amor a pena

Em tantas amorosas desventuras,

Eis que me vem lavar as amarguras

Teu bálsamo, oh, florzinha de verbena:

Vendo o teu rosto cheio de doçuras,

É bom te segurar a mão pequena,

Em ti tendo paixão bem mais amena

Do que aquelas passadas, tão impuras…

De fato, Eros não foi-me um deus propício

Visto que, no uso de seu sacro ofício,

Ele já me laçou noutras donzelas.

Porém, se agora eu sei o que é amar,

Basta um só teu gracejo, um teu olhar,

E eu já não saberei o nome delas!

Pedro Debreix
Enviado por Pedro Debreix em 16/01/2025
Reeditado em 16/01/2025
Código do texto: T8242918
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