SERENO

Desce sem pressa e calma

A chuva nos degraus da escada

Desce vestida com neblinas

Em dia de rosto fechado

Nas ruas, poças acumuladas

São restos líquidos da madrugada

Sobre o frio chão que amanhece

Vestígios de inverno em fim de verão

No ar paira o sereno

Pleno e sem preço

Graça presente na natureza

Sobre folhas pendem

Lágrimas noturnas

Doando ao chão sua beleza

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 05/02/2025
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