SERENO
Desce sem pressa e calma
A chuva nos degraus da escada
Desce vestida com neblinas
Em dia de rosto fechado
Nas ruas, poças acumuladas
São restos líquidos da madrugada
Sobre o frio chão que amanhece
Vestígios de inverno em fim de verão
No ar paira o sereno
Pleno e sem preço
Graça presente na natureza
Sobre folhas pendem
Lágrimas noturnas
Doando ao chão sua beleza