AMOR, TEMPO E MORTE

Amor, Tempo e Morte

O amor desponta em alvorada clara,

Promessa doce, chama reluzente.

O tempo passa, e a vida o esculpira,

Mudando o riso, o olhar, mas não a mente.

O tempo corre, impõe sua sentença,

Tece rugas no rosto que era ardente.

O amor resiste, embora em nova crença,

Se torna brisa, outrora furacão potente.

E quando a morte, em seu manto silente,

Apaga o fôlego em toque fatal,

O amor persiste, eterno e reluzente.

Pois mesmo além do véu transcendental,

Nas memórias que vivem eternamente,

O amor renasce, puro e imortal.