Autuando a Realidade

Mais um soneto do livro Libretos.

Meu sonho é autuar a realidade

Devido aos crimes voláteis; desejo e dor

Onde o tempo se curva à sua vontade

E a verdade em veste de terno sedutor

Em cada noite, um lirismo, uma vil saudade

Que ecoa na alma como um laivo sucessor

O sonho, fiel guardião da liberdade

Transcendendo o mundo em seu mágico fervor

Ó sonho, és a vida em doce fantasia

Que enfeita o sofrer com cores as mais sutis

E transforma o real em pura poesia

Assim, busco em ti meu amor, refúgio feliz

E no abraço das estrelas, uma alegria

Vendo o irreal, refaço-me, assim refiz-me