O POETA E SUAS CORRENTES
Tu, que agora repousa tão sereno
à penumbra da fama imaginária,
Erudito de formação precária,
Que nesta vida te deixou pequeno.
Afasta-te desse indócil terreno
Em que a deusa Nêmesis libertária
fez de te uma pobre alma solitária
Num mundo cruel a espera de aceno.
Escuta! o brilho firme da emoção
em luta diária com a razão
pois dela surgem vozes de combate.
Ergue-te, poeta! Obra desse embate,
Não importa o vil castigo, mas a ação;
Enfim, qual a tua motivação?