Macacos não pensam por si mesmos
Na flama vulnerável do cismar,
Forma-se a aragem cega da rotina,
Que cessa o brilho e, em névoa matutina,
Reduz o mundo a um frágil declamar.
A mente preparada a recriar
As marcas que a maré enfim ensina,
Desfaz vozes que a erudição calcina,
Mas que o tempo nos faz revisitar.
Cada leitura traz ponderação,
A cada reflexão, um juízo puro,
O valor crucial da conexão.
Que se desabrigue o gênio casmurro,
Face os deuses de falsa convicção,
Perante o pensamento prematuro.