Metade
Já não somos mas papeis em branco, em linhas vazias
Estamos quase juntos ou quase separados de verdade
Apenas metade de que já fomos infinitamente
Em um universo finito de harmania desfeita em esteria
Uma metade de um tudo só nosso, repente quebrado em verso
Poesia desfeita na metade do tempo do amor perdido
Em um pano de fundo feito no palco de um palhaço sozinho
Onde metade de tudo e nada e a metade de nada e tudo
Um quase cego olhar noturno, imaginando arco-ires imaginaveis
Um romper de aurora sem as gotas de orvalho caido
Uma lagrima que se perde no vento em meio metade alegria
Mas a metade que lhe servia partiu ficando em pedaços meus dias
A esta restou a solidão e a metade da saudade de uma paixao
Porem de metade não se vive,na rebeldia da vida metade so de pão...