Cigarras mães

 

Irrequietas são as mentes inquietantes

Indiferentes das situações elas farfalham

Nos redemoinhos e sem ventos divagam

Levantam e convergem tudo em instantes.

 

Num labirinto solitário e pouco explicável

Plateias caladas sem muito compreender

Tampouco entrar na atmosfera e resolver

Cada ator com a sua performance aplicável.

 

As cigarras mães, que cantam para o verão

Diante dos percalços e as pálpebras cansadas

Solidárias e esperançosas agem pelo coração.

 

Elas, silenciosas são, e vão do céu ao inferno

Representando com maestria e disfarçadas

Batalhando no sol e com os frios dos invernos...

 

 

Texto: Miriam Carmignam

Soneto

Saudades da minha mãe Ana

10/05/2025