Tudo no olhar

São meus olhos a relva que não fito

Dizem mais do que toda a Alexandria

Nos escritos que em tudo se cumpria

Uma luz que se lança no infinito

Nos teus olhos o lume é mais bonito

Que o raiar no crepúsculo do dia

São mais sábios que a vã filosofia

São juízes de todo meu conflito

Vê Senhor, meu olhar já quase baço

Lacrimejam-se em prece os olhos meus

Procurando em suplício os olhos teus

Apieda-se ó Pai do meu fracasso

Meus pecados me envolvem feito laço

Vinde a mim libertar amado Deus

(Carlos Viana)