A CURA DA SOLIDÃO

 

Há tantos sonhos, cálidos, em mim,

porém à sombra de uma cicatriz...

triste memória de um amor sem-fim,

hoje espalhado sobre um chão de giz.

 

Há tantos devaneios, outrossim,

perdidos pela noite... por um triz

reflorescia num vernal jardim,

mas a utopia não se fez raiz.

 

Há tantas folhas mortas pelo chão

e colibris sem flores, a sugar

o néctar no amargor da solidão...

 

Não vou gastar o tempo em longa espera,

saio do exílio para restaurar,

com novo amor, a solidão austera!

 

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 24/05/2025
Código do texto: T8340275
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